quarta-feira, 2 de novembro de 2011

17:30




É bonita, a estação. E também é desconfortável, o diabo da estação. Mas é bonita.
E entre uma coisa e outra, a estação provoca-me um outro sentimento, não tão bonito e, por certo, igualmente desconfortável: inveja.
Enfim, talvez esse seja um termo violento. Nostalgia é mais a palavra.
Que estando eu aqui, na estação, esperando a composição que me há-de levar de regresso a casa no fim de um dia de trabalho, fico invejoso daqueles que partem. Melhor, fico nostálgico das partidas que fiz.
Para onde irão (para onde fui)? Por onde irão (por onde fui)? Porque irão (porque fui)?
Por vezes, em estando à espera da composição que me há-de levar de regresso, tenho ganas de saltar as linhas e os cais e partir também. Não importa de onde nem para onde, desde que vá.
Que nestas coisas de viagens (da Viagem) o importante não é para onde. Qual o destino é pouco importante. O excitante, o agradável, o ternurento na Viagem é ir.
Um dia vou! Que entretanto, vou apenas indo!

By me

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