A meio caminho
entre uma sala grande e afundada, onde o espaço é alumiado por grandes e
potentes projectores de luz e uma outra sala, pequena e escura, onde as luzes
que predominam são as de monitores de vídeo o PC, olho para o alto do prédio,
lambido pelo que resta do sol.
E enquanto tento
guardar, qual usurário avarento, um pouco do espectro total, os que vão
passando no seu caminhar rotineiro que os levará até casa ficam a olhar para
mim, já meio habituados às minhas barbudas e menos convencionais atitudes. E
nem desconfiam o quão vital é usufruir destes instantes fugazes de luz e cor.
Que se o soubessem
teríamos o pátio cheio, as ruas transbordando e os motores desligados. E, por uns
momentos, todos em conjunto gozaríamos daquilo que nem a troika consegue
tributar nem o governo consegue suprimir.
By me
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