São muitos!
São muitos os que
residem neste prédio e mais não são porque há apartamentos desabitados.
Aliás, neste prédio
reside mais gente que em certas povoações.
De uma forma ou de
outra, quase que se pode afirmar que este prédio é uma aldeia, bem no meio de
um bairro da periferia de uma grande cidade.
Param aqui,
naturalmente, as comparações.
Nem os residentes
têm a vida de um aldeão, nem habitam lado a lado, com quintais contíguos e cães
que ladram em passando alguém, nem têm um relacionamento como o que existe numa
aldeia.
Por motivos que
agora não interessam, tive que procurar um vizinho, residente no meu prédio.
Não sabia o seu
nome nem com exactidão onde morava, pelo que recorri aos demais vizinhos, que
fui encontrando na entrada do edifício.
Tal como eu, também
eles não me souberam dizer onde morava ele nem o seu nome. Apenas um me
adiantou que a pessoa em questão teria estado internada no hospital devido a
uma qualquer complicação mais ou menos natural face à sua idade.
Ainda hoje estou
por saber onde mora o meu vizinho e o seu nome.
Nestas aldeias
verticais, em que estamos fisicamente bem perto uns dos outros, acabamos por
estar demasiadamente longe uns dos outros.
E há quem fale da aldeia
global! Onde?
Texto e imagem: by
me
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