segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sugestão




Chama-se “Café Saudade” e fica em Sintra.
Mesmo pertinho da estação de caminho-de-ferro, em seguindo para a zona velha e turística da vila.
Gosto dele pelo ambiente, pelos bolinhos e scones, porque vende artesanato (se bem que galos de Barcelos em jeito de Andy Warhol seja bem estranho).
Além do mais vai tendo, de quando em vez, exposições de fotografia (Ok, este é um motivo mais que suficiente para que eu cá venha, mas o resto vale a pena).
Mas hoje quase que “me saltou a tampa”!
Sentei-me e pousei a tralha: mochila, chapéu e câmara, esta em cima deste e em cima da mesa. Veio uma senhora simpática, que vim a saber ser uma das donas, e a primeira coisa que me disse, sorridente, foi “Hello!”
Consegui não ser mal educado nem me levantar e sair sem mais palavras. Mas vontade não me faltou, caramba!
Sentado numa velhérrima vila portuguesa, ser abordado em inglês… Irra!
Depois de me ter sido trazido o que pedira, chamei-a de novo e, sorrindo por minha vez, sempre lhe disse que em Portugal trate os clientes, pelo menos numa primeira abordagem, pela língua Lusa. Se, depois e para que o negócio aconteça, tiver que recorrer a outras, esteja à-vontade. Mas a abordagem inicial que seja nossa, desde um popular “Olá!”, até um “bom dia” ou “boa tarde”, passando eventualmente, por um “seja bem-vindo”.
Tentem lá ir à Catalunha, ou à Suécia, ou à Tailândia e iniciar uma conversa que não seja na língua nativa!
Fora isto, recomendo que passem pelo “Café Saudade”, em Sintra.

Texto e imagem: by me

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