Eu gosto de
conversar sobre política.
Não sobre partidos
e figuras gradas da governação. Uns e outros são efémeros, tanto na vida quanto
na ribalta.
Refiro-me, antes
sim, a ideias e ideais de sociedade. Como esta pode estar organizada – ou não –
e porque devemos participar na vida pública, cada um à sua maneira e na medida
das suas possibilidades.
Mas o que é
realmente difícil é passar a mensagem de que a liberdade tem que ser total, mas
total mesmo.
Há quem defenda
muito seriamente que os defensores de teorias contra os direitos do homem
deveriam ter acesso condicionado ao poder – executivo ou legislativo.
Isto não é
verdadeira liberdade. Se alguns não podem manifestar ou exercer o que pensam,
mesmo que discordemos por completo da sua opinião, então alguns têm sua
liberdade cerceada. Não é liberdade haver quem não a tenha.
Aquilo que pode e
deve ser feito é agir e demonstrar o seu erro, a tal ponto que ninguém nessas
pessoas acredite ou confie.
A polícia do
pensamento foi descrita num romance faz muito tempo, numa perspectiva
pessimista do futuro. Do agora.
Não podemos
defender teorias que permitam que ela exista. Mas em havendo quem o defenda, a
verdadeira liberdade implica que o permitamos e impedamos que sejam posta em prática.
Ser livre não pode
ser uma atitude com limitações ou fracturas.
By me
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