E foi o tempo, esse
sempiterno consumidor de energias, que me levou a fazer esta fotografia. E, com
ela, fazer parar o tempo!
Três dias antes,
exactamente à mesma hora que o relógio mostrasse, ser-me-ia impossível de a
fazer.
Não tanto devido à
diminuição do tempo de sol em cada dia, mas antes porque os tecnocratas e psicólogos,
apoiados por mercadores transfronteiriços, decidem que os relógios se adiantam
ou atrasam.
E, fazendo as
pessoas as mesmas coisas reguladas pelo relógio, perdem o seu relógio
principal: o sol.
Preferem
engradar-se voluntariamente em espaços comerciais, que cada vez mais mais não são
que expositores, que o comércio está como se sabe, a repararem que os azuis dos
céus e os amarelos dos sois são muito mais bonitos que as luzes negras e as
lâmpadas de descarga.
Aliás, estou em
crer que todos estes e muitos outros nem repararam naquilo que lhes foi
mostrado, de borla e sem taxas, pouco depois nos céus: uma lua redonda e
bonita, num céu que esteve límpido e convidativo.
Que os céus, nos
tempos que correm, vêem-se nos faces, nos national magazines, p’ra ver se chove
e, ocasionalmente, à passagem de um avião.
By me
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