terça-feira, 30 de outubro de 2012

Uma questão de tempo




E foi o tempo, esse sempiterno consumidor de energias, que me levou a fazer esta fotografia. E, com ela, fazer parar o tempo!
Três dias antes, exactamente à mesma hora que o relógio mostrasse, ser-me-ia impossível de a fazer.
Não tanto devido à diminuição do tempo de sol em cada dia, mas antes porque os tecnocratas e psicólogos, apoiados por mercadores transfronteiriços, decidem que os relógios se adiantam ou atrasam.
E, fazendo as pessoas as mesmas coisas reguladas pelo relógio, perdem o seu relógio principal: o sol.
Preferem engradar-se voluntariamente em espaços comerciais, que cada vez mais mais não são que expositores, que o comércio está como se sabe, a repararem que os azuis dos céus e os amarelos dos sois são muito mais bonitos que as luzes negras e as lâmpadas de descarga.
Aliás, estou em crer que todos estes e muitos outros nem repararam naquilo que lhes foi mostrado, de borla e sem taxas, pouco depois nos céus: uma lua redonda e bonita, num céu que esteve límpido e convidativo.
Que os céus, nos tempos que correm, vêem-se nos faces, nos national magazines, p’ra ver se chove e, ocasionalmente, à passagem de um avião.

By me 

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