Nesta avenida
passam duas carreiras de autocarro.
Costumo usar uma
delas à chegada e uma delas na saída se para cima, qualquer uma se para baixo.
Desta vez, e visto
que a rotina do “casa-trabalho” se alterava, também o uso dos transportes colectivos.
E iria usar exactamente aquilo que raramente uso.
Sozinho na paragem,
esperava pacatamente que chegasse o meu autocarro. Como sempre, nestas coisas de
sorte a azar, o primeiro que surgiu foi o da carreira que eu não queria. Vi-o à
distância e afastei-me da beira do passeio exactamente para que não pensasse
que eu esperava por ele. O motorista não se apercebeu desta minha manobra e fez
sinal de entrar no recorte, começando a fazer a respectiva trajectória.
De onde estava
comecei a acenar-lhe que não, primeiro com o dedo, depois com o braço todo.
Desfez ele o
caminho, mudou o pisca e retomou o asfalto. Em passando por mim, acenou-me um
obrigado na eventual pala de boné que não tinha e o seu sorriso ia de orelha a
orelha.
É tão fácil e
reconfortante provocar um sorriso…
By me
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