domingo, 7 de outubro de 2012

A foice




Parece-me que, afinal, esta crise não é tão má quanto a querem pintar.
Tem pelo menos a vantagem de permitir novos negócios, tanto no comércio quanto na indústria.
Consigo imaginar um sério aumento no fabrico e venda de grilhetas, chicotes, bolas de ferro, enxergas empilhadas e outros artefactos usados em tempos não tão distantes quanto isso, usando a idade da raça humana como escala.
Em alternativa, também consigo imaginar uma substancial aumento de fabrico – artesanal ou industrial – de fisgas, forquilhas, foices, martelos e até canos de chumbo.
Já não quero falar na reutilização sistemática de garrafas e pedaços de pano, pregos, correias de coiro e capacetes.
A necessidade é a mãe da invenção e, no fim de contas, não haverá objecto que não possa ter múltiplas utilizações.


By me

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