Parece-me que,
afinal, esta crise não é tão má quanto a querem pintar.
Tem pelo menos a vantagem
de permitir novos negócios, tanto no comércio quanto na indústria.
Consigo imaginar
um sério aumento no fabrico e venda de grilhetas, chicotes, bolas de ferro,
enxergas empilhadas e outros artefactos usados em tempos não tão distantes
quanto isso, usando a idade da raça humana como escala.
Em alternativa,
também consigo imaginar uma substancial aumento de fabrico – artesanal ou
industrial – de fisgas, forquilhas, foices, martelos e até canos de chumbo.
Já não quero falar
na reutilização sistemática de garrafas e pedaços de pano, pregos, correias de
coiro e capacetes.
A necessidade é a
mãe da invenção e, no fim de contas, não haverá objecto que não possa ter múltiplas
utilizações.
By me
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