Desculpem-me o
desabafo, mas dias há em que me apetece andar à chapada por tudo quanto é lado.
Principalmente entre gente conhecida.
Ver pessoas que
mal têm para se desenrascar na vida, com problemas económicos, a dar apoio a
medidas de cortes nos apoios sociais e a defender a estratégia do “cada um por
si”, faz-me perder a paciência.
Muito
principalmente sabendo que estes, que ainda não estão “na mó de baixo”, em lá
estando serão os primeiros a reclamar os tais apoios que hoje querem recusar
aos demais.
Estes
pseudo-governantes, por nós eleitos ou não, estão a levar o país – entenda-se a
sociedade – a posições estremadas para ambos os lados. E não creio que o futuro
seja aceitavelmente previsível que não num quadro de semi ou completa violência,
mesmo entre iguais.
Pior ainda que esta
fractura social (mais que económica, de princípios), é o estar-se a criar o
ambiente certo para o fim da democracia. Aqui, em Portugal, mas não só. Um
regresso a um passado não tão distante quanto isso e muito, mas muito pouco
agradável.
Diz-se que a história
se repete em espiral. Talvez que esteja na altura de a interrompermos de vez!
By me
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