quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Será?




Autores geniais faziam o que podiam para encontrar a inspiração. Coisas várias, nem sempre as mais ortodoxas, nem sempre as mais recomendáveis.
Ao que julgo saber, Juan Miró tinha ocasiões em que jejuava até ter o puzzle completo na sua mente e poder pintar.
Balzac encharcava-se em absinto e escrevia.
Desses sofrimentos físicos e consequentes “alucinações” saiu o trabalho que conhecemos.

Olhando para o presente, pergunto-me se não estará em curso, por mãos internas e externas, a tentativa de criar um país de geniais criadores nas artes visuais ou nas letras, por via das presentes e futuras medidas de austeridade.


Imagem: “O voo da libelinha em frente do sol”, by Juan Miró

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