Olha lá! Para que é
que tu queres esses flashs todos, mais esses reflectores, difusores, tripés,
pinças, grampos e etc.? Precisas disso para fazer fotografia? Precisas mesmo?
Não! Em boa
verdade, para fazer fotografia, basta que haja luz. E, para tal, basta que seja
de dia e que o sol esteja acima do horizonte. Nessa altura temos luz suficiente
para fotografar.
Mas vai lá
comparar as fotografias feitas a astronautas, no espaço, com fotografias feitas
aqui, na Terra.
Em ambos os casos é
o Sol a fonte de luz. Mas as semelhanças acabam aí. O contraste, a dureza na
linha que separa as zonas de luz das zonas de sombras, os fundos, a noção de
dimensão dada pelas sombras e seus tamanhos e orientações… tudo isso é tão
diferente quanto o dia da noite.
Onde está, então,
a diferença, se a fonte de luz é a mesma?
A diferença está
em tudo o resto que a luz atravessa e a molda que não a que segue directamente para
o assunto fotografado: a atmosfera, as nuvens, o solo, as paredes, a vegetação…
e, mesmo sendo de dia, dias há que um mesmo lugar ou assunto apetece fotografar
e outros não apenas porque a luz chega ao assunto de formas diferentes.
A vantagem de
fotografar debaixo de telha, naquilo a que pomposamente chamo de estúdio, mas
onde ando sempre aos pontapés à mobília para conseguir mais 30cm de espaço, é
que a luz é criada por mim, qual deus em pleno génesis, usando-a para dar a
ambiência que quero ou sou capaz de criar.
Claro que poderia
usar apenas uma fonte de luz, com se do sol se tratasse, recorrendo ao flash
que existe na câmara. Nada de cabos, tripés, medidores e objectos p’lo caminho
que nos atrapalham quando queremos fazer uma mínima alteração no assunto. Poderia,
eventualmente, usar também apenas um, fora da câmara lateral ao assunto.
Mas não era a
mesma coisa!
É que, para mim, tão
ou mais importante que o assunto a fotografar, é a luz que o mostra. E,
convenhamos: uma fotocopiadora também emite luz para fazer o seu trabalho. E eu
não me sinto atraído por uma fotocópia!
By me
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