sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A minha rua a sorrir




Este é um pedaço da minha rua.
Bem, é um pedaço da minha rua e da rua que nela se inicia. A minha vem de lá do fundo e segue pela direita, a outra começa neste cruzamento em triângulo.
E o passeio que se vê em baixo é o que frequento quando quero ir ao café que aqui há. A qualquer dos dois que aqui têm as portas abertas.
Claro que faço aquilo que se ensina às criancinhas (mas que muitos adultos esquecem): olhar para os dois lados antes de atravessar a rua.
Pois neste passeio, em olhando lá para o fundo e em vindo um carro, ficamos sempre na dúvida se ele seguirá pela minha rua se pela outra da esquerda. E sendo que eles são bem mais pesados que nós, o melhor é esperar até termos a certeza.
Hoje, ao querer ir tomar café, parei onde é suposto parar, que vinha lá um carro do fundo. E aquela camioneta de carga não estava ali. Parei e fiquei a olhar para o carro a tentar perceber qual o trajecto.
Pois o homem que o conduzia, apesar de não haver nenhuma outra viatura em trânsito, ligou o pisca, indicando seguir pela direita. E, de tão incomum o acto, percebi que o estava a fazer para que eu pudesse atravessar tranquilamente para esquerda.
Não o fiz logo!
Esperei que chegasse bem mais perto e, ao passar pelo triângulo que aqui se vê, fiz-lhe um gesto de agradecimento no boné.
Retribuiu ele, sorrimos os dois e seguimos, eu para a bica já pouco matinal, ele para onde quer que fosse.

São estes pequenos gestos, gratuitos, que me fazem acreditar que a espécie humana ainda tem solução!

By me

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