Este é um pedaço
da minha rua.
Bem, é um pedaço da
minha rua e da rua que nela se inicia. A minha vem de lá do fundo e segue pela
direita, a outra começa neste cruzamento em triângulo.
E o passeio que se
vê em baixo é o que frequento quando quero ir ao café que aqui há. A qualquer
dos dois que aqui têm as portas abertas.
Claro que faço
aquilo que se ensina às criancinhas (mas que muitos adultos esquecem): olhar
para os dois lados antes de atravessar a rua.
Pois neste
passeio, em olhando lá para o fundo e em vindo um carro, ficamos sempre na dúvida
se ele seguirá pela minha rua se pela outra da esquerda. E sendo que eles são
bem mais pesados que nós, o melhor é esperar até termos a certeza.
Hoje, ao querer ir
tomar café, parei onde é suposto parar, que vinha lá um carro do fundo. E
aquela camioneta de carga não estava ali. Parei e fiquei a olhar para o carro a
tentar perceber qual o trajecto.
Pois o homem que o
conduzia, apesar de não haver nenhuma outra viatura em trânsito, ligou o pisca,
indicando seguir pela direita. E, de tão incomum o acto, percebi que o estava a
fazer para que eu pudesse atravessar tranquilamente para esquerda.
Não o fiz logo!
Esperei que
chegasse bem mais perto e, ao passar pelo triângulo que aqui se vê, fiz-lhe um
gesto de agradecimento no boné.
Retribuiu ele,
sorrimos os dois e seguimos, eu para a bica já pouco matinal, ele para onde
quer que fosse.
São estes pequenos
gestos, gratuitos, que me fazem acreditar que a espécie humana ainda tem solução!
By me
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