segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Trespassa-se




Vai-se vendo e ouvindo por tudo quanto é rede social, conversas de café e fofoca de trabalho, as piadas ao ministro José Relvas, à forma como obteve a sua licenciatura relâmpago e à sua postura de irredutível.
É isto sinónimo que os Portugueses ainda conseguem manter o seu bom-humor e inventar anedotas a propósito daquilo que os incomoda.
Infelizmente, é só isso que os Portugueses são capazes de fazer.
Este ministro, bem como os seus correligionários, agarram-se a dogmas políticos, a fórmulas governativas e soluções económicas que, muito rapidamente, irão destruir aquilo que foi construído ao longo de anos.
A privatização ao desbarato daquilo que é propriedade de todos, a alienação de bens que, por muito estranho que possa parecer, o público não consegue gerir mas onde o privado retira lucro, a extinção dos apoios às artes, à saúde, à justiça, à educação, criando uma sociedade de elites económicas, e o que mais está na forja ou no segredo dos ministérios.
Em breve veremos isto ou equivalente: um país fechado enquanto entidade autónoma, mantendo uma fachada de nação democrática mas, de facto, uma empresa de bandeira, onde os sócios (leia-se cidadãos) não passarão de um peso morto e laboral, onde os gestores os usarão como forma de manter uma ordem económica global ao arrepio das necessidades individuais.

Começa a ser altura – ou já é mais que tempo – de os Portugueses ocuparem Portugal, decidindo por eles aquilo que querem para o seu futuro, seja qual for a opinião de uns animais ou vegetais, que supõem os seus concidadãos como ovelhas num rebanho a tosquiar e abater.

By me 

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