Provavelmente, e
se tiver paciência, gastará mais que isso para ler estas linhas. O que, em
termos de consumo de texto na internete, já é uma boa média.
Se acontecer ler
tudo até ao fim, o mais que lhe pode acontecer é ficar com a sensação que
perdeu tempo com um texto inútil, ou quase, que nada com ele aprendeu e que
mais valeria ter passado a outras páginas ou foto, quiçá mais interessantes ou
bonitas.
Como de costume
naquilo que aqui vou pondo, esta imagem não possui um texto sobreposto. As
letras que lhe acrescento são externas, deixando que a imagem fale por si
mesma. Mas sendo certo que não sou grande fotógrafo, a imagem é fracota, pelo
que tenho que recorrer às palavras para que a mensagem seja completa.
Se já chegou a
este ponto da leitura, e se foi rápido a fazê-la, talvez tenha gasto um pouco
mais que metade dos tais quarenta e três segundos. Talvez trinta.
Faltam, assim,
treze segundos para esgotar o tempo previsto inicialmente.
Porquê esse tempo
exacto de quarenta e três segundos? Porque não quarenta ou cinquenta segundos?
Fácil!
Quarenta e três
segundos foi exactamente o tempo que demorou entre o ter sido libertada e o ter
explodido, 600 metros acima do solo, a primeira bomba atómica usada para matar
gente. Em Hiroshima. Há precisamente 67 anos atrás.
Você gastou
quarenta e três segundos e nada aconteceu. Naquele dia, após quarenta e três
segundos, bem mais de uma centena de milhar de pessoas morreram.
O julgamento da
história ainda se está por fazer que, entre as críticas discretas e as
justificações bélicas, ninguém tem coragem de formalmente chamar àquele acto de
guerra uma chacina ou assassínio colectivo.
E só levou
quarenta e três segundos a cair. Menos que o tempo que você gastou a ler este
texto, caso tenha chegado até aqui.
By me
1 comentário:
Valeu a pena investir mais de quarenta e três segundos a ler o texto. Obrigado!
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