terça-feira, 10 de julho de 2012

Pinagem




Uma empresa que conheço, de perto, tem parqueamento automóvel portões a dentro.
Parqueamento de superfície, a céu aberto, parqueamento coberto, em silo e em caves, parqueamento reservado aos quadros superiores, parqueamento reservado a alguns quadros intermédios, parqueamento reservado a viaturas de serviço, técnicas ou não, parqueamento reservado a pessoas com mobilidade condicionada.
Até aqui tudo bem e normal. Aliás, um pouco acima do normal, já que possui pelo menos quatro lugares para “deficientes” – odeio este termo – a céu aberto. Não sei o que acontece nas caves, mas sei que aí também os há.
Certo é que os lugares reservados a quadros, intermédios ou superiores, estão identificados com um número. E ai de quem os ocupe, que o seu utilizador reservado vai logo protestar junto da segurança!
Outros, genericamente identificados com “reservado”, estão bloqueados com pinos de sinalização, como se vê na imagem.
Nada disto me afectaria, não fora não haver nenhum cuidado especial de protecção aos reservados a portadores de deficiência, para além da convencional sinalização vertical e horizontal. E o facto de estarem com frequência ocupados por quem não possui nenhum tipo de limitação, excepto a mental.
Contactados que foram já os serviços de segurança, atribuíram essa mesma limitação a quem tal faz, mas encolheram os ombros quanto a agirem em defesa de quem, realmente, necessita de usar tais espaços.
Um destes dias, quem sabe, dá-me na veneta e mudo os pinos de sítio.

By me 

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