sábado, 21 de julho de 2012

O saquito do passado




Eu sei que a ortodoxia não é o meu forte.
Faço o que entendo, usando apenas como norma inflexível que o que faço não seja prejudicial aos outros.
Neste caso, e apesar das dúvidas que podem ser suscitadas, não tenciono arredar pé.
Comprar pão aqui no bairro, avulso, implica receber um saquito de papel. Faz algum sentido, considerando que transportas os papo-secos soltos na mão não será o mais cómodo. Ou higiénico.
Mas entendo eu que deitar fora, todos os dias, um saco de papel é inútil. Desperdício absoluto, já que cada saquito serve apenas uma vez. E entope sacos de lixo e ecopontos.
Decidi assim inverter a situação e regressar a métodos antigos. Mas não muito, que os usava em catraio, quando comecei a ter idade para ir comprar pão sozinho: um saco de pano.
E se a intenção era já velha, foi a oferta na sequência das “trocas fotografias” que permitiu a sua concretização.
Claro está que a cara de quem me vende o pão, ao apresentar-lhe o meu saco merecia um registo. Que, disse-me ela que vem do outro lado da Europa, que só tinha visto alguém com um saco para pão na sua aldeia.
Quem sabe se, comum pouco de sorte, vou criar aqui uma moda?
Aqui no meu bairro e aí no seu bairro, onde vive e onde me lê. Não terá por aí um saquito de pano que possa passar a usar?

By me

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