Há uns
meses, e devido a uma imobilização forçada, resolvi experimentar. Comprei o
tabaco cortado em pacotes, os tubos já feitos
e com o filtro incorporado, uma maquineta simples e tratei de ser eu a fazer os
meus próprios cigarros.
Gostei
do resultado.
Assim,
e de então para cá, uso de algum tempo todos os dias para preparar a minha dose
de nicotina do dia. Faço-os por atacado em casa, que não é coisa que me ajeite
a fazer na rua.
Tratando-se
de um trabalho manual rotineiro, tem a vantagem de, durante aquele tempo, ter a
menta livre para outras coisas, enquanto as mãos tratam do assunto.
Tem
ainda a vantagem de poupar dinheiro. Os cigarros assim feitos ficam-me por cerca
de metade do preço do que os comprasse já prontos a consumir. E os tempos que
correm estão de tal forma que já mal “dão p’ró tabaco”.
Feitas
as contas, constato que numa hora de trabalho pouco cerca de 7 euros. Nestas
contas não estão incluídos os custos da energia da lâmpada acesa nem da
maquineta comprada. Ou mesmo das quebras provocadas por algum tubo defeituoso.
Mas
também significa que uma hora deste meu trabalho não especializado, que aprendi
a fazer rapidamente, vale 7 euros, mais coisa menos coisa.
Pergunto-me
assim, como é possível pagar-se quatro a seis euros, consoante as fontes, a um
enfermeiro.
Será
comparável a preparação ou as consequências dos dois trabalhos?
Pensem
nisto, da próxima vez que recorrem a cuidados de enfermagem.
Ou que
subscreverem as opiniões dos nossos governantes.
By me
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