Sinto-me enganado.
Burlado. Frustrado. Chateado. Abusado. E outras coisas acabadas em “-ado”. Ou
mesmo em “-ido”.
Vejamos a história:
Há umas semanas
uma pessoa amiga mostrou tristeza ao constatar que havia perdido um pacote de
açúcar. Uma coisinha pequena, que usamos para adoçar cafés, galões ou chás. O
motivo da tristeza prendia-se com o facto de ter sido guardado para oferecer a
alguém conhecido que os colecciona.
Ouvi o queixume e
registei. Num daqueles cantos onde guardamos informações pertinentes para
eventual uso posterior.
Hoje estive perto
do local onde se usam. Não é zona por onde costume passar, mas lá calhou. E
lembrei-me.
Procurei onde se
usam e fui tomar um café. Normal. O que não seria normal seria o eu palmar um
pacotinho, se pudesse. Quando não, o plano B implicaria tomar a minha bica mais
amarga, mas trazer o bendito pacote de qualquer forma.
Encostado ao balcão,
peço um café. Na chávena ao lado, já usada, sobrava um pacote. Boa! Embolsei-o
como quem não quer a coisa.
Veio a bica com…
palheta de plástico. Peço uma de metal, que não há. Peço a alternativa – colher
de galão para usar o cabo – e dizem-me que estou com sorte, porque vão passar a
usar apenas de plástico para breve, mesmo de galão ou chá. Mas acabo por usar
algo reutilizável, felizmente.
O que me fez sair
mesmo do sério foi terem-me pedido uns enormíssimos 75 cêntimos por um café.
Tomado ao balcão, acompanhado de palheta de plástico, se não tivesse reclamado.
E, ainda por cima, não era grande coisa, o tal do café!
Garanto que, em
passando por aqui, não voltarei a consumir a cafeína com que alimento parte da
minha energia.
Mau café, caro e
com palhetas… Nem pensem! Nem mesmo para satisfazer uma colecção de pacotes de
açúcar!
Nota extra: a
fotografia é má? Não me apeteceu fazer melhor, considerando a história que a
envolve.
By me
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