Até
porque, caramba, quem é que do público em geral sabe quantos ofícios estão a
trabalhar em pleno de cada vez que se vê um programa de televisão.
Mas
dói-me que em muitos casos muitas funções sejam subalternizadas, até por
profissionais da tv.
Alguém
imagina o trabalho que dá montar ou conceber um cenário? Ou o corre-corre para
um grafismo que tem que entrar na abertura de um noticiário? Ou as horas perdidas
a queimar os olhos na edição ou montagem de um documentário ou uma longa
metragem? E quem fez todas as anotações que fizeram falta? E quem foi o repórter
de imagem que estava no local durante a entrevista polémica? E quem foi que
desenhou aquela luz bonita no festival de música? Ou quem carregou com tudo
aquilo pelas estruturas acima? Ou quem tem nas mãos, com segundos para o fazer,
o escrever o nome certo do político que aparece fugazmente? Ou os que fazem
milagres em cima do joelho com equipamento avariado. Ou os que correm o país a
ligar cada acontecimento ao estúdio central. Ou os que asseguram que os
orçamentos e mapas são cumpridos. Ou…
Somos
tantos, tantos a fazer aqueles minutos de televisão e tão poucos a ser
reconhecidos!...
Da
próxima vez que olharem para um ecrã de televisão, lembrem-se que esta é feita
bem mais que apenas por jornalistas, estrelas, operadores de câmara e
realizadores!
Estes
são os nomes, as caras e a parte visível do pequeno ecrã. Mas que, sem os
demais, nem teriam trabalho.
By me
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