domingo, 17 de novembro de 2013

Locubrações, não corrigidas, entre o primeiro e o último copo



Há pessoas que muito sabem sobre alguns assuntos.
Discutem-nos, acalorada e longamente, consultam publicações da especialidade, ouvem o que opinam sábios na matéria, reflectem e observam o que nessa área acontece…
São os chamados sabedores, conhecedores, especialistas.
Alguns são mesmo especialistas em tudo. Seja qual for o tema, desde a sexualidade das formigas do Ártico à massa específica da bala que assassinou Luther King, passando, naturalmente, por política, economia, justiça ou outras menoridades.
Estes têm lugar garantido nos media, impressos ou difundidos, fazendo espalhar as suas opiniões e certezas como se dogmas universais se tratassem.

Pobre de mim, que mais que certezas tenho dúvidas, que para cada resposta encontrada descubro um milhão de perguntas, que não tenho tempo, entre o viver e o dormir, de tudo conseguir aprender.
Mas há coisas ou assuntos em não gasto muito tempo. Eis um exemplo:
Sempre me fez alguma confusão o como funciona, realmente, a caixa de velocidades de um veículo automóvel. Nunca vi nenhuma, nem desmontada nem em esquema e, quando a oiço arranhar, tento descobrir ou imaginar que peças estão assim a serem massacradas.
Outro exemplo: como conseguiam eles colocar o berlinde na garrafa dos pirolitos?
Ou, ainda: que percentagem de energia dispendida no pontapé de marcação de uma grande penalidade em futebol chega, realmente, às mãos do guarda-redes, se a bola for direita a elas?
Ou, como último caso, ao calhas: porque é que nos exemplos de dinossáurios animados, estes surgem sempre a rugir?
São dúvidas como estas que não me tiram o sono, mas sobre as quais haverá, certamente, especialistas que terão uma opinião certeira. E que, talvez um dia, use de algum tempo para as esclarecer.
Quanto a outras questões, algumas pertinentes o suficiente para fazer a diferença entre o parar para pensar ou o ir sabê-lo em fontes credenciadas… faço questão em o fazer. Ambas as situações.

Que inveja dos tempos de Platão, que entre o sofismo, alguma ciência e muita mitologia, tudo se explicava.

By me 

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