Poucos saberão
onde fica a praça Francisco Sá carneiro. Ou a praça D. Pedro IV. Ou ainda qual é
a “Estação Central”.
Mas se referir “Areeiro”,
ou “Praça do Rossio”, ou “Estação do Rossio”, todos sabem onde fica.
É assim com a
nomenclatura dos lugares ou edifícios: o nome mais importante não é o que
consta das folhas oficiais mas aquele que as pessoas conhecem.
O que se vê na
imagem é o Parque de Saúde de Lisboa. Está lá escrito, para que não hajam dúvidas.
E, acrescento, localiza-se na Avenida do Brasil, no número 53. Tal como consta
da imagem.
O que não consta
da imagem é a placa que está no pilar oposto deste portão principal. É uma
placa de metal, velhérrima, onde está gravado “Hospital Júlio de Matos”.
Foi este o nome do
complexo de saúde mental que aqui existiu, durante muitos e muitos anos. Nos
meus tempos de estudante incluído.
Recordo esperar p’lo
autocarro na paragem encostada às suas grades e os doentes pedirem, por entre
elas, um cigarrito. Ou outros, com autorização para virem ao exterior, fazerem
o mesmo pedido.
Terão que passar
umas boas dezenas de anos antes que o vetusto nome se perca.
Mas, e sendo certo
que também fechou o outro hospital de saúde mental de Lisboa (o Miguel
Bombarda), resta o Hospital de São Bento, ali ao fundo da rua com o mesmo nome,
como hospício nacional. Onde estão internados os mais perigosos dementes do país.
Infelizmente, não
há quem o feche de vez ou, na falta de melhor, quem os transfira para onde não
possam mais mal causar.
Talvez que umas
lobotomias, a sangue frio, também resolvessem alguns casos.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário