É uma daquelas
coisas que me faz sair do sério!
Ver gente com
educação dita superior que não sabe escrever!
Já não falo da
questão da ortografia. Qualquer corrector de texto faz isso nos tempos que
correm, apesar de eu nem querer ver o que sai de uma caneta sobre um papel.
Refiro-me mesmo à
organização das ideias!
Baralhadas,
intercaladas, incompletas, por vezes sem nexo, de tão difícil leitura que quase
faz desistir.
O conceito de “educação
superior” inclui, suponho, que esta questão está ultrapassada. Que aquilo que
se presume aprender no ensino superior deve ir bem mais além que as técnicas e
as teorias específicas. O saber comunicar, socialmente, em ambiente de trabalho
ou mesmo por escrito, é cada vez mais vital. E se outros motivos não
existissem, a especificidade dos conhecimentos técnicos é tal que o não
partilhar (dando ou recebendo) o que se sabe torna-se uma fronteira intransponível.
Este tipo de
escrita quase caótica encontra-se em alguns autores. Por vezes de tal forma
denso que são necessários alguns capítulos para que o escrito se nos torne
natural. Mas, caramba, estou a falar de ficção, de escrita que nada tem de técnico
e da qual se gosta ou não sem mais consequências.
Esta tal “educação
superior” é, cada vez mais, uma “formatação superior”, reduzindo a capacidade
de pensar em prol da produtividade. E, nesta vertente, saber escrever, saber
comunicar, saber pensar para além das tarefas impostas, é perigoso e
subversivo.
Já o pensava e
praticava o “Botas”, para quem se lembra de quem for.
Para os outros,
algum bom livro pode ajudar, escrito em bom português, que o ajude e pensar.
By me
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