terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sorrisos




Certo! Esta fotografia é um fiasco, fotograficamente falando! É verdade que sim e fui eu que a fiz.
Mas, e isso não serve de desculpa, não tinha comigo outra que não a minha “pobre” maquininha de bolso e ela nunca se deu bem nestas condições de luz.
Feita a ressalva, resta explicar porque me arrisquei a fazer algo que sabia de antemão que seria abaixo ou no limiar do sofrível.

Em chegando à estação do meu bairro, mesmo no limite da luz solar, oiço o que me parecia ser uma festa de rua. E era, ainda que não aquele tipo de festa que eu imaginava.
Com percussão e cordas, um grupo de mais de uma dúzia de jovens, como estes, confrontavam quem chegava com este cartaz, bem como com um outro em que desafiavam quem vinha do trabalho para um sorriso. Em troca, uma prenda.
Mesmo que não houvesse prenda, o desafio era mais que tentador. Ofereci-lhes o meu mais cordial sorriso, entrecortado com uma bem audível “olá!”
E fui brindado com um coro de mais um “brinde!”, acompanhado de um saquinho atado, com laçarote. No seu interior, três rebuçados, um panfleto impresso a cores e um outro fotocopiado.
Tratava-se da divulgação de uma igreja cristã não “romana”, aqui no bairro.
Não sabiam eles que faço questão que várias vezes ao dia faça alguém sorrir, com os meus dixotes ou respostas incomuns. Com a desvantagem de não dar prendas (não tenciono provar os rebuçados) mas a vantagem de não sugerir a frequência de um templo.
Espero que consigam pôr gente a sorrir, que melhor que o fazer é conseguir que alguém o faça.

Texto e imagem: by me

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