É uma daquelas
coisas que me faz sair do sério.
Irrita-me! Incomoda-me!
Odeio ter que o fazer!
Emparelhar meias
depois de lavadas e secas.
Vivi com este
desagrado durante anos e anos, até que um dia resolvi a coisa: comprei uma data
(vulgo – muitos) pares de meias iguais. Iguaizinhos: da mesma marca, da mesma
cor, do mesmo modelo.
Assim, quando as
vou guardar depois de secas, limito-me a atirá-las para dentro da gaveta. E
quando, de manhã, vou por um par lavado, basta-me agarrar quaisquer duas, que
estão sempre emparelhadas.
No entanto, tudo
na vida tem um fim, excepto a salsicha, que tem dois.
Com o passar dos
tempos, elas (as meias) vão-se rompendo e vou-as deitando fora. Com alguma pena
minha mas, apesar de ter ovos de madeira, não tenho vista nem paciência para as
passajar.
Significa isto que
vou reduzindo a quantidade de meias iguais que tenho. E que, um destes dias,
terei que ir a uma loja que as venda e tornar a fazer um bom stock de meias
iguais. Guardando as que tenho para situações de emergência, naturalmente.
Porque continuo a
detestar emparelhar meias. Até porque, e se outros motivos não existissem, tê-las
todas arrumadinhas e certinhas na gaveta dá-me a sensação que eu mesmo me
tornei metódico e organizado. E isso assusta-me.
Texto e imagem: by
me
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