sábado, 7 de janeiro de 2012

Ir à loja



Giro, mas giro a valer, é verificar que agora se fala à brava da maçonaria.
As sociedades ditas “secretas”, sejam-no ou não, sempre atrapalharam o comum dos mortais, principalmente porque não sabem o que por lá se passa.
E atribuem-lhes poderes sobrenaturais ou demoníacos. O atavismo dos bruxos e das missas negras.
Também giro, mas giro mesmo, é constatar que se deixou de falar nas influências e acontecimentos dos clubes de futebol. E não nos enganemos: os grandes cá da nossa terra têm mais sócios e simpatizantes com poder na sociedade que as lojas maçónicas; conseguem, com os eventos que provocam – negócios, negociatas, muitos milhões envolvidos, questões de justiça e afins – pôr boa parte da população a falar disso e desviar atenções de outros acontecimentos e decisões bem mais importantes.
Mas que ninguém caia na patetice, como eu caí, de fazer comparações entre os dois tipos de associações: envolver o Benfica, o Porto ou o Sporting nestas teias escuras é levar uma corrida em osso, ser insultado e, insistindo, quase passar a vias de facto.

E agora vou ali à loja maçónica, perdão, ali à loja do clube, perdão, ali à loja da esquina comprar pão. E o pior que me pode acontecer é ele vir queimado ou estar lá um cliente mal-acordado e mal-humorado. 

Sem comentários: