Eu ia àquele
jantar de aniversário.
Uma colega e boa
amiga fizera anos uns dias antes e organizara este encontro com amigos e
colegas.
Levava eu uma
prendinha para ela, coisa pouca mas uma cá das minhas, com “água no bico” e
outras mensagens por baixo.
Mas sendo que era
pouco significante, resolvi abrilhantar a oferta com flores. Fica sempre bem e
as senhoras gostam.
Não gosto lá muito
eu, que isso de oferecer cadáveres não me agrada, mas uma vez não são vezes e
ela merece.
Donde, pouco antes
da hora combinada, procurei uma florista nas imediações do restaurante. É que
me não apetecia andar a passear um ramo, grande ou pequeno, por muito tempo.
Em chegando à
lojinha, num centro comercial, não vi por lá nada que me agradasse por demais.
Mas sempre havia umas, cujo nome não sei, coloridas e várias de cores variadas.
Pensei que três delas, uma de cada cor e com a minha própria oferta dependurada
fariam o que queria. E perguntei p’lo preço.
Disse-me a “menina
do shoping”, que de menina já não tinha, tal como não partilhava comigo a
nacionalidade, que cada uma custava um euro, mas que com arranjo ficavam a três
euros.
Perguntei p’lo
preço de três num ramo só e disse-me que seriam nove euros.
Aí a pequena
parcela do meu cérebro que reservo para fazer contas bloqueou.
“Então se uma, com
arranjo, custa três euros, e uma sozinha custa um euro, três flores, com o
mesmo arranjo custariam cinco euros.”
“Não! Três flores,
num ramo só, levam mais verdura. São nove euros.”
Pois a minha amiga
recebeu só a prendinha que eu já tinha, sem flores nem nada.
Que não foi pelo
valor, mas antes porque não gosto que me tomem por tolo. Ou, de outra forma, não
gosto de regatear preços: ou a relação preço/produto me agrada e compro, ou não
e onde está fica.
Texto e imagem: by me
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