O comboio chegou
ao bairro suburbano.
Abriu as portas e saíram
uns quantos, não muitos, que para a maioria a jorna ainda não acabara. Também
eu saí, mas eu não conto.
Subiram alguns
viajantes, poucos, que a linha termina três estações mais lá.
Silvou o aviso de
fecho de porta e soou a buzina da composição.
Na escada, um
homem sobe em correria e em contra-ciclo com quem regressa a casa. Chega ao
patamar e dá um murro no ar, frustrado por ter perdido este.
Mas ele, o
comboio, não inicia a sua marcha.
De uma das portas,
o revisor acena ao reccém-chegado, que retoma a correria e sobe a bordo onde a
chave bloqueia o bater das portas e o iniciar da marcha.
Fecha-se a porta e
ei-lo que parte.
Não vi a cara do
revisor. Mas, quem quer que seja, bem-haja. E boa viagem nesta e em todas as
outras composições, rolando ou não sobre carris.
Texto e imagem: by
me
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