sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O revisor




O comboio chegou ao bairro suburbano.
Abriu as portas e saíram uns quantos, não muitos, que para a maioria a jorna ainda não acabara. Também eu saí, mas eu não conto.
Subiram alguns viajantes, poucos, que a linha termina três estações mais lá.
Silvou o aviso de fecho de porta e soou a buzina da composição.
Na escada, um homem sobe em correria e em contra-ciclo com quem regressa a casa. Chega ao patamar e dá um murro no ar, frustrado por ter perdido este.
Mas ele, o comboio, não inicia a sua marcha.
De uma das portas, o revisor acena ao reccém-chegado, que retoma a correria e sobe a bordo onde a chave bloqueia o bater das portas e o iniciar da marcha.
Fecha-se a porta e ei-lo que parte.
Não vi a cara do revisor. Mas, quem quer que seja, bem-haja. E boa viagem nesta e em todas as outras composições, rolando ou não sobre carris.

Texto e imagem: by me

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