A rua de Santa Justa,
em Lisboa, tem num dos seus extremos o emblemático elevador de Santa Justa.
É quase que um
cartão que um cartão de visita da cidade e poucos terão sido os que nele
estiveram que de lá não fotografaram. Aliás, em tempos não muito recuados, era
local de passeio dominical para os alfacinhas, turistas na sua própria cidade.
Há, no entanto,
outros locais na cidade bem mais discretos e de onde se pode desfrutar de uma
vista sobre a cidade magnífica. Alguns de acesso fácil, outros encerrado ao pôr-do-sol,
outros ainda dependendo dos horários comerciais. Este é um deles.
Insuspeita para
quem andar lá em baixo, fica esta varanda e esplanada no topo do edifício que
ocupa o extremo oposto da rua de Santa Justa, com porta aberta para a rua dos
Fanqueiros. Tostas e saladas de frango ou atum simpáticas, bom vinho a copo,
suficientemente exígua para estar cheia na hora do almoço, trata-se da
cafetaria daquele que, talvez, seja o “grande armazém” que sobra de antes do
advento dos centros comerciais e lojas vindas de alem fronteiras: a “Polux”.
Tropecei eu nela
um destes dias, numa busca inglória do santo Graal (bem, não perguntava por
esse nome, mas quase) e foi a fome que me levou a subir o elevador e a escada,
após a sugestão ouvida no sistema sonoro existente nos demais pisos ou
departamentos.
Fiquei fã.
Conto regressar,
fora da hora de refeições, para um petisco e um refresco com ou sem álcool e
aproveitar o que daqui se vê e o resto, como o que se espreita pelas discretas
janelas das traseiras, agora fechadas por via do frio.
Fica a sugestão,
ainda que a divulgação o possa transformar num local de romaria concorrido.
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