sábado, 18 de fevereiro de 2012

A luz




Quando me perguntam o que gosto de fotografar, ou o que me faz fotografar, em regra respondo que é uma situação que conte uma história. Ou uma estória.
Isto é verdade um sem número de vezes, que se não encontrar esse motivo, ou se não o tiver previamente, nem sei se o que estou a fazer me agrada. E as mais das vezes não.
Mas há excepções.
Acontece ser apenas um pedaço de luz, um conjugar de situações (luz, lugar, momento, estado de alma) que me faz pegar de corrida na câmara e fazer uma ou duas fotografias.
Por vezes mesmo no meio do pátio de onde trabalho, mesmo sabendo que alguns há que ficam a pensar (ou a verbalizar): “Pronto, lá está ele outra vez.”
Mas são estes momentos fugazes, feitos mesmo antes de mergulhar na labuta diária, ou feitos em trânsito a caminho dela, que me “carregam baterias” para a aguentar, que nem sempre é fácil.
E agora, em olhando para ela, não sei sequer se é boa ou nem tanto. Aliás, confesso, nem me interessa. Não foi feita para agradar a quem quer que fosse, nem sequer a mim mesmo. Fi-la pelo simples prazer de a fazer, tentando guardar para mim a paz e tranquilidade que aquele momento de luz me estava a dar.
Quanto ao resto, os outros que se pronunciem.

By me 

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