Quando me
perguntam o que gosto de fotografar, ou o que me faz fotografar, em regra
respondo que é uma situação que conte uma história. Ou uma estória.
Isto é verdade um
sem número de vezes, que se não encontrar esse motivo, ou se não o tiver previamente,
nem sei se o que estou a fazer me agrada. E as mais das vezes não.
Mas há excepções.
Acontece ser
apenas um pedaço de luz, um conjugar de situações (luz, lugar, momento, estado
de alma) que me faz pegar de corrida na câmara e fazer uma ou duas fotografias.
Por vezes mesmo no
meio do pátio de onde trabalho, mesmo sabendo que alguns há que ficam a pensar
(ou a verbalizar): “Pronto, lá está ele outra vez.”
Mas são estes
momentos fugazes, feitos mesmo antes de mergulhar na labuta diária, ou feitos
em trânsito a caminho dela, que me “carregam baterias” para a aguentar, que nem
sempre é fácil.
E agora, em
olhando para ela, não sei sequer se é boa ou nem tanto. Aliás, confesso, nem me
interessa. Não foi feita para agradar a quem quer que fosse, nem sequer a mim
mesmo. Fi-la pelo simples prazer de a fazer, tentando guardar para mim a paz e
tranquilidade que aquele momento de luz me estava a dar.
Quanto ao resto,
os outros que se pronunciem.
By me
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