Diz-se por sistema neste país que
“Eles” têm que fazer algo! As instituições, o governo, os sindicatos, a
policia, os tribunais, os patrões, a sociedade civil...
No entanto tudo isso somos todos nós. Está no nosso
direito esperar que o resultado dos nossos impostos sirva para resolver todo o
tipo de situações. Mas quem toma as decisões são cidadãos vulgares, com o mesmo
tipo de vivência como quaisquer outros. São elementos do chamado “povo
português”, votam e pagam impostos como quaisquer outros (espero eu). E se
alguns dos portugueses fazem pasteis de nata ou vendem artigos de vestuário,
outros trabalham em instituições. As tais dos “Eles”.
A solidariedade, bem como a intervenção cívica, são
deveres de todos os cidadãos, seja qual for a sua ocupação. Ao ver alguém com
fome ou ao assistir a uma violação, não posso esperar que “Eles”, os das
instituições, estejam em horário de funcionamento para o solucionar.
Somos nós, cidadãos, que devemos intervir a cada momento
no decorrer da vida, no que ela tem de bom e de mau. Devemos esperar que as
instituições funcionem, devemos esforçarmo-nos para que o façam cada vez
melhor, mas não devemos esperar que elas actuem como uma intervenção divina.
Nós somos as instituições! Eles somos nós! E se nós não actuarmos, como podemos
esperar que elas actuem?
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