quinta-feira, 31 de março de 2011
Não me obriguem
Há coisas que me fazem sair do sério! E a subserviência é uma delas.
Fazer variar comportamentos em função da posição social ou do poder político ou económico é uma das atitudes que se pode considerar de subserviência e que me faz sair do sério!
Em frente da minha objectiva já esteve todo o tipo de gente. Políticos, gente criadora, desportistas, figuras mundialmente conhecidas e outras notoriamente desconhecidas. Para alguns destes, o simples facto de poder estar em frente a uma câmara e de ter a sua imagem registada e/ou difundida é momento ímpar e digno de evidência. Para outros, é um acto corriqueiro e que faz parte da sua actividade normal.
A todos faço questão de tratar por igual, pelo menos enquanto estou a exercer o meu ofício, e independentemente da simpatia ou antipatia que possa sentir por eles. Claro que quando a câmara é a minha e estou a fazer o que faço para meu prazer e satisfação mútua, as atitudes são diferentes. Mas enquanto profissional, sou neutro.
E ao dizer “tratar por igual” entendo não apenas a forma como faço a captação da imagem mas também a cordialidade com que trato os intervenientes, a urbanidade da minha linguagem, a habitualidade dos meus gestos e a normalidade dos meus trajes.
Enoja-me constatar que alguns que comigo ombreiam no quotidiano, ao saberem da presença de um poderoso, alteram comportamentos. Os sorrisos, as vénias, as expressões delicodoces, as satisfações dos mínimos desejos… Alguns e algumas há que, em sabendo com antecedência o estatuto da figura que se apresentará, alteram o tipo de vestuário, mudando de informal e de trabalho para formal e cerimonioso.
A tolerância e aceitação das preferências e comportamentos alheios é algo que devemos praticar a cada minuto.
Mas, por favor, não me obriguem a privar, para além do estritamente necessário, com gente subserviente.
Texto e imagem: by me
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