sábado, 19 de março de 2011

Interrupção de serviço



E veio aquela senhora que conheço da rua ter comigo.
Temos vindo a conversar de diversas coisas ao longo dos anos em que nos conhecemos e um dos temas tem sido informática, coisa em que lhe tenho dado uma mãozinha de quando em vez. Até porque ela tem tido azar ou ignorância com algumas coisas que compra ou contratos que faz.
Desta feita foi o contrato de serviço de internet que foi cancelado. E a questão que me foi posta era muito simples:
“Qual a empresa que lhe punha internet em casa mais depressa.”
Bem, o que conheço de mais rápido é mesmo a banda larga móvel, mas com o inconveniente de não ser particularmente rápida nos acessos, quando comparada com outros serviços, e de ser razoavelmente cara quando ultrapassados os plafonts contratados.
“Mas, perguntei eu, qual a urgência?”
“Bem, é que lá em casa tanto eu como o meu marido e as minhas filhas temos aquele quinta na net e não queremos que as galinhas, as ovelhinhas e as couves morram se não tratarmos delas. Temos ido a casa de uma amiga usar a net dela, mas não dá muito jeito.”
Ainda tentei demovê-la de tal propósito e vício, mas cedo percebi que seria trabalho inútil. E alvitrei-lhe a instalação de um cabo comprido para um vizinho que a tal se dispusesse, passado pela janela ou parecido. Ou a partilha de uma rede sem fios, também com um vizinho de prédio simpático.
Não sei se aceitará isso, ou se terá um vizinho simpático. Mas sei que os fornecedores de acesso à interenet têm naquela família um consumidor compulsivo por via de um jogo on-line.
Tamagoshi, por favor volta, que és muito mais barato, viajas no bolso e não dependes de contratos morosos!

Texto e imagem: by me

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