domingo, 13 de março de 2011
Apertões
“Não se resolvem os problemas da juventude ou de qualquer outro sector com discursos anti-partidos, anti-política. E não se resolvem os problemas nacionais fazendo apelos mais ou menos implícitos à mobilização das pessoas contra as instituições.”
Declarações do Ministro Santos Silva, a propósito da manifestação que ontem encheu o país de protestos.
Chama-se a isto estar à rasca com os protestos de rua contra a política vigente, os partidos e as instituições.
Pergunto-me se os partidos e as instituições que este senhor defende são mais importantes que a tal rua (nome dado por um seu correligionário parlamentar ao povo).
E não vale a pena estarmos com demagogias (a tal demagogia que este senhor também disse que não resolve o problema da juventude):
Considerando os índices de abstenção dos últimos actos eleitorais;
Considerando que, seja qual for o resultado da guerra de números, cerca de dois por cento da população portuguesa veio para a rua protestar, e sem organizações partidárias ou sindicais;
Considerando que, em casa, as despensas já são locais vazios…
Era bom que a chamada classe política começasse a considerar mudar de atitude e passasse a, de facto, representar os direitos e anseios dos cidadãos, no lugar de vir a terreiro defender um status quo sabemos não funcionar.
É se a tarraxa apertar um pouco mais, alguma coisa irá saltar!
Texto e imagem: by me
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1 comentário:
Pois se a causa dos problemas tem sido a política de (certos) partidos, nomeadamente a desregulação e a (in)fiscalização laborais que abrem a porta a todos os atropelos, de que é que as pessoas se haviam de queixar senão de (certos) partidos e das suas políticas?
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