sexta-feira, 11 de março de 2011
Sobre "a rua"
“Totalmente inaceitável é tentar manipular a rua para a por contra o Parlamento e contra as instituições da nossa democracia representativa.”
Isto foi o que eu ouvi um Sr. Deputado à Assembleia da República afirmar, e que foi transmitido por um noticiário televisivo.
As questões que se põem são várias, já que estamos a “chamar os bois pelos nomes”:
1 – Será que os deputados de facto representam os cidadãos ou são seguidores mais ou menos cegos das decisões dos líderes dos partidos?
2 – Será que esse mesmo Parlamento, depois de eleito, se pode fechar sobre si mesmo e ignorar as vontades de quem o elegeu?
3 – Poderão esses mesmos Srs. Deputados redigir e votar favoravelmente leis que estão em contradição com o que afirmaram aquando das eleições?
4 – Será a Democracia Representativa a melhor forma de o Povo decidir sobre si e o seu futuro?
5 – E se “a rua”, nome dado ao Povo numa tentativa de o achincalhar, se opuser frontalmente às decisões Parlamentares, qual a vontade que deve prevalecer?
Estamos numa altura em que letras de canções se vão tornando hinos, que a tal gente d’ “a rua” necessita de algo a que se agarrar.
Talvez seja tempo de recordar um único verso de uma canção já quase caída no esquecimento:
“O povo é quem mais ordena”
By me
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