E o que vai um agnóstico convicto fazer com uma mochila de câmaras e ópticas, uma mala de flashes e um saco de tripés para dentro de uma igreja?
Ainda por cima numa corrida, entre o sair da cama e o pegar ao trabalho!
Bem, vai fazer um jeito a um amigo, cujo filho precisava da foto lá p’ra catequese; vai-se divertir a lutar contra condições quase impossíveis de luz; vai ter oportunidade de fazer uma fotografia que, em condições normais, nunca a faria; vai admirar uma bela estátua sacra; vai falar um pouco de história com as orgulhosas senhoras que cuidam da igreja; vai constatar que tem que, afinal, sempre tem que gastar os tais 100 aerios num saco p’rós tripés; e vai ficar a pensar se irá imitar um velho mestre de fotografia americano, que tinha um escadote no cimo do qual montou uma rótula de fotografia. Que ficar de pé em cima do altar não é o que haverá de mais recomendável, principalmente quando a ciosas guardadoras da igreja estão por ali a tudo vigiar.
Texto e imagem: by me
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