sexta-feira, 1 de abril de 2011

O discurso



“…
Na campanha eleitoral que se irá iniciar em breve todos os partidos deverão ter bem presente a situação em que nos encontramos.
A campanha eleitoral deve ser uma campanha de verdade e de rigor. Ninguém deve prometer aquilo que não poderá ser cumprido. Este não é o tempo de vender ilusões ou falsa utopias. Prometer o impossível ou esconder o inadiável seria tentar enganar os Portugueses e explorar o seu descontentamento. Confio na maturidade cívica do nosso povo.
A próxima campanha deve ser sóbria nos meios, e esclarecedora nas propostas que cada partido irá fazer ao eleitorado. Estas propostas têm que ser construtivas, realistas e credíveis, e a campanha deve decorrer com elevação nas palavras e atitudes.
…”

Excerto do discurso presidencial onde é anunciada a dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições legislativas.
Pergunto-me se estes três parágrafos correspondem apenas aos desejos do Sr. Cavaco Silva ou se ele estará, de facto, completamente alheado do que é a realidade política neste país e que quem a pratica.
Suspeito que terei que ir a Belém explicar-lhe que apesar da minha barriga, do meu cabelo e da minha barba, eu não sou o Pai Natal e que essa figura é um mito.

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