segunda-feira, 11 de abril de 2011
Interpretações
Interessante mesmo não é esta pessoa ter aceite o lugar que aceitou nas listas de um partido.
A ambição pelo poder e a multiplicidade de jogadas por parte de organizações políticas e seus membros só podem surpreender os mais ingénuos.
O que acaba por ser original, ou pelo menos definidor da sociedade em que vivemos, é o título e o primeiro parágrafo da notícia retirada hoje do jornal “Diário de Notícias”:
“Nobre admite ser alvo de desprezo por aceitar convite
Fernando Nobre considerou hoje que aceitar o convite do PSD para ser candidato independente do partido a presidente da AR foi uma decisão que pode ser incompreendida. No Facebook já há reacções negativas.”
Considerar que o Facebook é uma expressão válida das opiniões dos cidadãos, um reflexo daquilo que os portugueses pensam, é considerar que todos eles têm acesso a esse tipo de comunicação e que os que no Facebook publicam são aqueles cujas opiniões contam.
Mais ainda, é considerar que a Internet é o mundo e que quem está fora dela pouco importa. É impor o uso da Internet (e do Facebook), na linha do que os últimos governos têm tentado fazer, não considerando todos aqueles que por opção, por incapacidade intelectual ou incapacidade económica não o fazem.
Sugiro que cada um considere o universo de cidadãos Portugueses que conhece, de todas as idade e extractos culturais, e que avalie até que ponto, de facto, o uso das tecnologias de informação penetrou no quotidiano dos portugueses. E até que ponto o haver reacções negativas (com as quais me identifico) a esta atitude política é mesmo aquilo que todos nós, cidadãos Portugueses, pensamos.
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