terça-feira, 5 de abril de 2011
Entre o que foi e o que será
Esta é uma fotografia antiga. Bem antiga.
Dos tempos em que eu fotografava em película rígida 6,5X9 em preto e branco.
Olhando para ela hoje, constato que quase tudo ainda existe, ainda que com diferenças: o cabelo e a barba mantêm-se, ainda que tenham mudado de tamanho e cor; o chapéu está arrumado ali algures, tal como o colete, que estas coisas não as deito fora; o flash que está agarrado à câmara tenho-o ali, na ponta de um tripé, pronto para fazer alguma das minhas brincadeiras (ou não) de interiores; da câmara propriamente dita, uma excelsa e belíssima Linhoff, resta-me a memória, que a vendi há muitos anos, para minha enorme tristeza actual.
Resta-me o principal: o saber que o que realmente conta não é a ferramenta, arcaica ou moderníssima. É antes o sermos capazes de dela tirar partido para concretizarmos aquilo que a mente criou.
Sendo que hoje irei passar por duas experiências novíssimas para mim, uma ligada à imagem electrónica com o último ou penúltimo grito da tecnologia, e outra ligada exclusivamente ao som e o ao quase extinto suporte de rádio, em que numa serei o anónimo, na outra o centro das atenções, fica-me a excitação da novidade e a certeza que, seja qual for o suporte, o que conta mesmo é o factor comunicativo.
O resto, a ferramenta, nada que um manual de instruções, boa vontade dos demais envolvidos e a curiosidade de querer ir sempre mais longe não resolvam.
E, como se diz no mundo do teatro, muita M**** pra mim!
By me
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