quarta-feira, 6 de abril de 2011
"Penso eu de que"
Pergunto-me:
Porque carga de água irão os cidadãos de, por exemplo, Vila Real ou Castelo Branco ou Lagos votar para deputado à Assembleia da República gente que, ocupando os lugares cimeiros da lista desse distrito e sendo, assim, elegíveis pela certa, não conhecem a cidade, não sabem qual o melhor café nem de que lado da praça principal fica a melhor sombra nos dias quentes de verão?
Cá para mim não tem muito que saber: qualquer um que se candidate a um cargo no poder central ou autárquico deveria estar inscrito como eleitor e ter residência na zona por onde se candidata aquando, pelo menos, das eleições anteriores.
Quanto mais não seja do ponto de vista teórico, esse candidato conheceria de perto os eleitores que nele votam, bem como os seus anseios e vontades.
Por outro lado, os eleitores conheciam-lhe a cara e o nome que não penas dos jornais e TVs e poderiam saber com mais rigor até que ponto aquele candidato poderia, ou não, cumprir as promessas eleitorais.
Da forma actual os candidatos distribuem-se pelos círculos eleitorais consoante dá mais jeito em termos de estratégia politico-partidária, com pouco ou nenhum respeito pelos eleitores propriamente ditos.
Um pouco como aqueles comensais numa festa, que se sentam mais perto da porta da cozinha, da garrafeira ou da mocinha casadoira, de acordo com as suas expectativas sobre comer, beber ou namorar.
Texto: by me
Imagem: algures na net
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