Sobre um
comentário que fiz sobre o isolar ou evidenciar um assunto mesmo que estando à
distância e com um ângulo grande de visão. Repare-se que:
- O carro dourado
encontra-se quase no cruzamento de duas das linhas fortes da regra dos terços.
Quanto mais não fosse, isso bastaria para lhe dar força.
- O meu olhar (sou
eu que estou de costas) dirige-se para lá. O local para onde alguém olha é, sem
sombra de dúvidas, um ponto de interesse que não pode deixar de ser visto.
- A minha cabeça
está desfocada, mas não o suficiente para que deixe de ter leitura e atrapalhe
em demasia.
- Das diversas
faixas de estacionamento, aquela que ele ocupa só o tem a ele. Evidencia-o no
vazio.
- O espaço ocupado
pela minha cabeça, estando mais escuro, cria desde logo um espaço neutro ou de
pouco interesse, valorizando o que está mais claro.
- Eu estou virado
para a esquerda, contrariando o sentido de leitura ocidental e tornando assim
esta imagem “fechada”. Concentrando o olhar no ponto para onde se dirige.
Estivesse eu virado para a direita, criando uma imagem “aberta”, e o carro
teria muito menos força, já que o olhar nos levaria para fora da imagem.
Colocar algo em
evidência no enquadramento não é particularmente difícil. O truque está em
conhecer o como o público interpreta o que vê, que códigos de imagem fazem
parte da sua cultura e facilitar-lhe ou dificultar-lhe o acesso aos diversos
elementos, conduzindo-lhe o olhar para onde queremos.
Nota: aceitam-se e
pedem-se contestações ou complementos ao acima dito.
By me
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