Para os que gostam
de experimentar diferente, fazendo do velho novo, abordar técnicas que, sendo
de antanho, estão na moda e usando um toque de modernidade, aqui fica:
Uma brincadeira já
com uns anitos.
Sacrifiquei uma
tampa de corpo, da qual retirei um bom pedaço do seu centro.
Recortei um pedaço
de cartolina preta com o tamanho e forma exacta para caber no exterior da
tampa. Bem no seu centro, um orifício com meio a um centímetro de diâmetro. A
necessidade da cartolina prende-se com o facto de o nome da marca estar gravado
em relevo na tampa, comprometendo a geometria do sistema.
Cobrindo o orifício,
um pedacinho de papel de alumínio, no centro do qual se faz o clássico minúsculo
buraquinho com a ponta de uma agulha ou alfinete.
E pronto!
Com um nico de
habilidade e engenho temos uma câmara pin-hole moderna, com resultados
digitais.
O seu nome técnico
é, como alguns saberão, “estenopeica”.
A imagem formada é,
tal como com uma objectiva convencional, real, invertida e menor que o objecto
fotografado.
As vantagens deste
método, no lugar da clássica caixa ou lata e suporte argêntico, serão:
O imediatismo da
coisa. Poderemos ver, “na hora” o resultado e fazer correcções;
Um razoável
controlo de exposição. Nas câmaras que permitam uma medição e funcionamento TTL
com objectivas manuais e antigas, bastará fazê-lo que teremos o tempo de
exposição em função do diâmetro do orifício (sempre minúsculo naturalmente) e
da distância a que se encontra do sensor (I=1/D², a velha fórmula vital em
tanto na imagem e luz);
A possibilidade de
variarmos o ângulo de visão sem grandes transformações. Para quem não gostar do
ângulo conseguido com o sistema descrito e mostrado e quiser ângulos mais
apertados, bastará afastar o artefacto construído, usando para tal um anel de
extensão para “macro” ou um fole com o mesmo objectivo. Os parâmetros de
exposição alteram-se naturalmente, mas obtêm-se assim uma “teleobjectiva”.
A sugestão óbvia,
mesmo que em dia de sol intenso, é recorrer a um tripé, já que terão poses
longas.
O resultado?
Este é um dos que
obtive quando andei a “brincar” com o sistema. A qualidade depende do diâmetro
do orifício, do papel de alumínio usado e da perfeição e regularidade nos seus
bordos com que o orifício seja feito. Na altura decidi melhorar o sistema que
fiz e a qualidade resultante, mas… já sabem como é: aquilo que guardamos para
depois tarde ou nunca acontece.
Para quem se
quiser entreter, os testes de construção e criação do orifício podem ser feitos
em casa, testando pela janela e em dia de sol, e o conjunto guardado numa
caixinha que se arruma num qualquer compartimento do saco da tralha.
Divirtam-se e aproveitem
os dias de sol que se aproximam.
By me
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