Num grupo de
fotografia criado para partilha e aprendizagem fotográfica, surgiu uma ocasião
um fulano a publicar uma imagem soberba: esta.
O comentário feito
pela pessoa que o publicou dizia qualquer coisa como isto:
“Por vezes é uma
questão de sorte”.
Eu conhecia a pessoa
muito mal, tendo-nos cruzado uma vez apenas na vida real, salvo erro.
E, em olhando para
a fotografia, dizia eu com os meus botões:
“De facto, por
vezes é uma questão de sorte. Estar no local certo, no momento certo, acertar
na técnica e antecipar o acontecimento… por vezes é uma questão de sorte.”
Mas quanto mais eu
olhava para ela mais uma qualquer campainha soava cá dentro. E fico incomodado
com campainhas cá dentro.
Pus-me em campo e
fui procurar. Eu já havia visto aquilo em qualquer lugar, de algum modo. E
havia, sim senhor.
Tinha sido,
apenas, uma das dez melhores fotografias de super-lua desse ano, escolhidas
pela National Geographic, e da autoria de Emanuel Lopes.
Entrei em contacto
privado com quem a tinha publicado no grupo e disse-lhe que não era ele o
autor. Retorquiu que sim, que até tinha os ficheiros originais para o provar.
Confrontei-o com a
imagem on-line da revista e perguntei-lhe se havia mudado de nome ou se usava
um pseudónimo.
Assim apanhado,
respondeu-me que estava a brincar, que era uma partida para com o grupo, sem
mal nenhum.
Pedi-lhe que se
retratasse da coisa no grupo, assumindo a brincadeira e referindo o verdadeiro
autor e a origem da imagem.
Recusou. Uma vez,
duas vezes, três vezes.
Não lhe dei
oportunidade para recusar de novo e exclui-o do grupo que formávamos, com um
esclarecimento à comunidade do sucedido.
Não sei que é
feito da pessoa em causa, que de algum modo não nos tornámos a cruzar, real ou
virtualmente. Para benefício mútuo.
Não gosto de
mentiras, não gosto de aldrabices, não gosto de usurpação de trabalho alheio, não
gosto de quem não assume o que faz, mesmo que tenha feito errado! Entenda-se
por “mentiras” tudo aquilo que não corresponda à verdade seja de que forma for,
mas que seja usado para que o pareça.
E é um dos
problemas dos “chicos espertos”, na vida real ou na net: nem lhes passa pela
cabeça que possa haver quem seja picuinhas, quem seja desconfiado, quem vá
saber e tirar dúvidas, quem tenha campainhas chatas a soar na cabeça.
By me
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