É curioso ver como
aquilo que é meramente comercial – com fim lucrativo e nada mais – tem tanta
publicidade gratuita nos media.
Refiro-me, muito
concretamente, às séries televisivas.
Assim que se anuncia
o fazer ou a sua emissão, logo tudo quanto é folha de couve ou jornal trata de
o colocar na primeira página, como se de um assunto realmente importe fosse. E
anunciando o sucesso das “temporadas” anteriores e que esta será ainda melhor: magnificente,
com maior orçamento e renovado argumento.
Mais ainda: na
sequência desta publicidade gratuita, deste transformar um mero negócio
televisivo em notícia de primeira água, não há cão nem gato que, tendo acesso a
televisão por cabo, não vá dar uma olhada. Para gáudio dos distribuidores de tv
e engordar da carteira respectiva e dos anunciantes associados.
Alguns
espectadores há que assumem o seguirem as séries com fanatismo, vendo e revendo
cada episódio seja de forma e em que suporte for. Vão ainda mais longe,
trocando opiniões sobre os respectivos conteúdos e protagonistas.
Outros, mais
discretos, não se assumem como seguidores, mas fazem-no na mesma, na
privacidade de um download pirata, de um dvd escondido na compra ou na
tranquilidade de uma box.
Podem continuar a
olhar-me de lado. Não pertenço ao grupo dos que vão nas modas e que consomem o
que produtores e distribuidores lhes impigem p’la casa adentro, com encomendas
subreptícias a jornais e quejandos.
Indo um pouco mais
longe, prefiro usar do meu tempo a produzir conteúdos originais que a
arrastar-me p’las modas dos cabos.
Quanto cobrarão os
jornais, p’la porta do cavalo, p’ra colocarem na primeira página um texto e
fotografia sobre uma série televisiva?
By me
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