Não foi difícil de
convencer, que queria mesmo fazer a fotografia.
Na verdade, o
difícil foi fazê-lo aceitar as condições do negócio. Dizia ele que nada na vida
é grátis, que tudo é por dinheiro e que o custo zero não existe.
Quando lhe disse
que assim não era, que o ver aqueles periquitos que por ali vão passando, que o
sentir o ameno da tarde estival, que o ouvir a criançada a rir lá no parque
infantil era bom e era de borla, achou graça mas não ficou convencido.
E quando lhe
contei que naquele negócio o lucro das partes era discutível, já que ele
levaria a fotografia mas que eu ficaria com o seu sorriso e que, ponderadas as
coisas, não saberia dizer quem ficava a ganhar, riu-se um pouco mais, chamou-me
de “poeta” e ficou convencido.
Quando preenchia o
questionário inócuo entendi todas as suas reticências: Profissão: economista!
A sua imagem?
Tenho-a mas não a publico. Que a privacidade é um direito e um bem e esses nem
eu nem ele negociamos!
By me
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