Confesso que não
queria falar disto.
Cada um deverá
ficar com os actos que pratica, assumindo por inteiro as suas
responsabilidades.
Mas esta questão já
me anda a encher o olho há tempo demais, em demasiados locais e por demais
ostensivo para que não o refira.
Na imagem está parte
de um cartaz de propaganda política. Para ser mais rigoroso, um cartaz de uma
organização política, promovendo-se e às suas ideias.
Até aqui nada
demais.
Aquilo que me
incomoda, que me faz ficar realmente chateado, é o que nele está escrito. Ou
melhor: de que forma está escrito.
Pertencendo a uma
dada organização política, usa como palavra-chave a palavra “podemos”, que
entrou no panorama político partidário com uma autonomia especial, referindo um
movimento. A bem dizer, dois movimentos: o surgido em Espanha e que surpreendeu
tudo e todos com o seu sucesso eleitoral e o seu congénere português, agora
emergente.
De uma forma ou de
outra, está o movimento político que distribuiu cartazes destes por toda a
cidade de Lisboa a usar um termo ou nome que não lhe pertence, numa verdadeira colagem.
E isto é tão
verdade que na frase aqui escrita a própria palavra “podemos” está grafada com caracteres
ligeiramente maiores que as restantes. Não muito mas o suficiente para que da
frase composta essa seja a de maior relevo.
Não pertenço a nenhuma
organização partidária, pelo que a questão não me toca no sentido de “este é um
concorrente ou adversário”.
Mas estes jogos
subliminares desagradam-me profundamente.
E mais ainda
quanto o eu já ter visto alguns activistas do movimento que assina o cartaz a
terem atitudes pouco correctas e açambarcadoras em movimentações e manifestações
de rua, bem como em reuniões e encontros de ideias.
Poderei até
concordar com algumas das ideias programáticas deste movimento. Mas as suas práticas
fazem com que o queira bem longe de mim e, de preferência, dos meus concidadãos.
Porque não refiro explicitamente
o movimento que agora critico?
Deixo ao cuidado
de cada um a sua identificação e o tirarem as conclusões que entenderem.
By me
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