No miradoiro de Santa Luzia, quase não
consigo ver a cidade, por entre as cabeleiras loiras ou grizalhas quase
brancas.
As escadas para o rio estão
super-iluminadas por flashs ininterruptos, sem fito ou utilidade.
Ganho espaço em Santa Apolónia. No cais, na
zona molhada, hotéis lacustres, a que dão o nome genérico de barcos, que jorram
turbas de curiosos, todos mais velhos que eu, que ocupam todos os lugares do
autocarro.
Desembarco na praça do Comércio. O seu
contorno repleto de esplanadas e vendedores de recuerdos, nem umas nem outras para
a minha bolsa de alfacinha.
Subo a rua Augusta e só muito a custo
encontro um comércio atendido por um lusitano, quase parecendo estar numa
qualquer filial das Nações Unidas, versão oriental.
Atravesso o Rossio e quase que tenho que
recorrer a intérpretes para perceber alguma coisa das múltiplas e divertidas
conversas que por ali acontecem.
Junto ao Teatro Nacional, os Tuc-tuc
atrapalham trânsito rodoviário e pedonal, falsificando turismos e transportes
tradicionais.
Quero a minha cidade de volta!
By me
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