Acho que já aqui
falei (ou não?) da luz que mais gosto. A que vem do lado de lá.
Há vários motivos
que me levam a gostar dela, para além de alguns mais relacionados com
personalidade.
Um deles, sem dúvida,
é o permitir que as texturas sobrevenham caso o assunto seja permeável à luz.
No caso de flores ou folhas, as suas nervuras, as sombras projectadas de umas
sobre as outras, a própria espessura do tecido vegetal fica muito mais em evidência.
Claro que isto tem
dificuldades acrescidas.
O sol tem que
estar baixo, o contraste com o fundo tem que ser notório e, particularmente
importante, o pára-sol usado tem que ser eficaz. Bem eficaz, com comprimento e
formato bem adequado à objectiva empregue.
Neste caso em
particular, andei a brincar com uma objectiva que fazia parte do conjunto dos
amadores entusiastas: uma smc Pentax 135mm, f/3,5.
Baioneta K, com transmissões
mecânicas mas não eléctricas e de foco manual como gosto.
Acontece que o seu
pára-sol é piquinino. Muito piquinino. Minorquinha mesmo. Fico mesmo a pensar
para que se deram ao trabalho de o colocar, mesmo que retráctil como é. Se lhe
acrescentarmos um filtro Sky 1A (para protecção), é como se não tivesse pára-sol.
O que me levou,
uma vez mais, a fazer aquela figura estranha de segurar a câmara com a mão
direita e ter a mão esquerda por cima da objectiva, prolongando o pára-sol até
ao limite do visível. Pouco recomendado em termos de estabilidade mas o possível
para evitar os flares que nos estragam as imagens.
Mas a luz de que
gosto é esta, mesmo que não me consiga aproximar a menos de 1,5 metros com esta
objectiva.
1/400, f/11, ISO 400,
-1EV, sem edição que não um crop pequeno para as proporções de que gosto.
Nota extra: Nunca,
mas nunca por nunca ser mato uma flor para a fotografar. Ou bem que as condições
naturais o permitem fazer ou não será o meu prazer egoísta de fotógrafo que me
levará a colher ou maltratar um ser vivo. Mesmo que uma flor.
By me
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