Do que por cá se
passa vamos sabendo, mais orçamento, menos défice, mais declaração, menos
manifestação. E com a certeza de sabermos que a procissão ainda não saiu do
adro.
Da Grécia também
vamos sabendo, que as Tvs e os jornais nos vão mostrando os confrontos entre a
população e as polícias, as lojas fechadas e os hipotéticos perdões.
Da guerra na
Europa também vamos tendo notícias, ainda que só vejamos os sorrisos, os
apertos de mão e as entradas para as cimeiras. Que os sempiternos inimigos –
França e Alemanha – continuam a bater-se pelo poder no velho continente, usando
bancos e políticas no lugar de trincheiras e granadas.
Mas da Irlanda,
igualmente em apuros, que igualmente pediu ajuda e para quem igualmente se
abriram os cordões à bolsa, nada nos contam. Nem se resultou ou nem por isso,
nem os ratings nacionais ou empresariais. Como exemplo nada vale, positivo ou
negativo.
Da Islândia,
então, nem se sabe que existe. Que não é bom de referir que se revoltaram
política e economicamente, que mandaram às urtigas os esquemas bancários
internacionais e que alteram a lei para poderem levar a tribunal quem os
governou e levou a tal situação.
Diz-se que a
informação é o quarto poder. Perigoso este poder, porque não sufragado.
Perigoso este poder porque, não definindo ou escrevendo leis ou normas,
condiciona comportamentos e pensares com o que relata, como e quando relata e
com o que omite.
Cria uma realidade
informativa, em género de realidade virtual, e onde o que não é narrado não
existe.
Saber aceder aos
media, saber questioná-los, saber procurar fontes contraditórias ou
complementares e, do conjunto, saber tirar as próprias conclusões, deveria ser
conteúdo obrigatório na escola básica.
Que acreditar
cegamente no mundo dos media é pior que acreditar nas promessas de um político
ou mesmo no Pai Natal.
Texto e imagem: by
me
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