E não sabia quem
tinha sido Mem Martins. Nem sabia a história de Dom Fuas Roupinho e a Senhora
da Nazaré. E tinha uma ideia vaga sobre a Padeira de Aljubarrota.
São lendas e histórias
que fazem parte da História de um povo e da sua cultura. Não o saber, bem como
a outras, é renegar as origens, é renegar o passado. Passado esse que está na génese
do que somos hoje.
Estas histórias, e
outras, aprendi-as na então chamada escola primária. Mais tarde relembrei-as ao
ler no liceu autores portugueses que as referiam. Não tenho chegado a conhecer
a menina dos não sei quanto olhos nem ter levado reguadas, tive que saber isto
e bem mais.
É verdade que no
tempo do estado novo as referências à história e aos heróis nacionais eram um
dos pilares do sistema. Também é verdade que desde 1974 parte deste misticismo
foi posto de lado, procurando que a história se sobrepusesse às lendas. Mas uma
coisa é história, outra é lavar o passado.
Esta ignorância (e
falo de alguém com casamento feito e filho em casa) recorda-me uma estorieta
lida recentemente já não sei onde:
“Pergunta a
professora para o Joãozinho: Quem foi o responsável pelo pinhal de Leiria?
Responde o puto: O
quê? Isso também não está pago?”
Lendas e piadas à parte,
o saber da história e da cultura do povo é tão vital quando o saber quem vai ser
expulso da casa tal ou sobre os movimentos da globalização.
Texto e imagem: by
me
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