segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Não confiscável




Ao longo dos anos tenho tido oportunidade de respirar o mesmo ar que figuras gradas de todos os tipos de quadrantes – desporto, política, artes…
Para muitos dos que aqui vão passando, talvez que considerassem como importante o ter estado a poucos, muito poucos, metros de um Papa. Ou de ter conhecido ao vivo o tom de pele e o timbre da voz de todos os presidentes da República desde ’74. Ou ainda de ter ombreado com medalhados de Olímpicos Paralímpicos. E já nem refiro os jogadores de futebol.
Mas, confesso, o meu momento alto não foi com ninguém destas categorias.
Foi, antes sim, o ter tido ao mesmo tempo na minha objectiva José Saramago, Sebastião Salgado e Chico Buarque De Holanda.
Três muito grandes, que me fizeram muito pequeno.
São-no, ou foram-no, pelo trabalho que fizeram, pela criatividade que usaram, pelo que fizeram e deixaram pelo género humano.
Os outros? Bem, serão grandes porque é o que dizem deles. Ou porque, em competição, foram melhores que outros.
Quem é grande é-o, sem que o tenham que afirmar os demais ou que competir com quem quer que seja. E estes três são grandes, seja qual for a bitola.
E eu, pequenino que sou, tive o raro privilégio de estar com eles, juntos, durante mais de uma hora.
Este troféu nem os políticos que hoje temos mo conseguirão confiscar!

By me

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